A paz de trabalhar em uma empresa sólida

A história da coordenadora administrativa Léa Muniz, que chegou à fábrica de Itaperuna depois de viver momentos de insegurança em empregos anteriores

 

A vida da mineira Rosiléa Aparecida de Oliveira Muniz, a Léa, coordenadora administrativa da fábrica da Quatá em Itaperuna (RJ), sempre esteve ligada ao setor de leite e laticínios. E é com o trabalho nesse segmento que ela vem construindo uma linda história de família, com o marido Andrey, que conheceu há 22 anos e considera o seu eterno namorado, e as filhas Clara, de 12 anos, e Helena, de 7.

Léa nasceu em Eugenópolis, uma pequena cidade mineira de 10 mil habitantes que faz divisa com Itaperuna. Até os 11 anos, morou na roça, em uma fazenda de criação de gado de leite na qual seu pai trabalhava como administrador. Depois, mudou para a área urbana do município e, aos 15, para Muriaé (MG), onde mora até hoje, sempre com o propósito de continuar progredindo nos estudos. Lá, se formou em administração de empresas e fez pós-graduação em gestão.

Assim que foi morar em Muriaé, Léa arrumou emprego em uma empresa que atuava no ramo de montagem de laticínios. “Comecei servindo café e cuidando de limpeza”, ela lembra. “Logo em seguida, passei a fazer serviços de rua.”

 

Léa com o marido Andrey e as filhas Helena e Clara

 

Dois anos depois, um dos sócios montou seu próprio laticínio e a levou para trabalhar com ele. Na época, ela estava com 18 anos de idade, e agora já são 26 anos atuando nesse segmento.

Léa conta, porém, que, até começar a trabalhar na Quatá, sua carreira foi marcada pelo medo de a empresa em que trabalhava quebrar e ela perder o emprego. E isso de fato aconteceu: quatro vezes. “Vivia sempre insegura”, ela lembra. “Você começa a ouvir boatos, depois atrasam salários, até que um dia chega a notícia de que a empresa foi lacrada.”

 

“A segurança de trabalhar em uma empresa sólida, de poder planejar o futuro, transformou a minha vida”

 

Da última vez, ela estava grávida da filha caçula, e a combinação de gestação com estresse teve grande peso em sua vida, inclusive na balança. “Durante a gravidez, cheguei a pesar 100 quilos.”

Depois que ela entrou na Quatá, em junho de 2013, tudo mudou. “A segurança de trabalhar em uma empresa sólida, de poder planejar o futuro, transformou a minha vida”, afirma. Léa mora em Muriaé, a 60 quilômetros de Itaperuna, e faz o percurso de ida e volta do trabalho em ônibus fretado.

Na vida pessoal, ela diz viver o seu melhor momento. Embora se diga um pouco preguiçosa para ginástica, começou a fazer parte de um grupo de corrida e vem se destacando em provas de rua. Em uma delas, ficou em 2o lugar na sua categoria. E o resultado refletiu na balança: com 1,76 m de altura, hoje ela pesa 65 quilos.

 

Léa em corrida de rua

 

Sua maior satisfação é ver as filhas crescerem alegres e dedicadas aos estudos, com a garantia de que pode proporcionar a elas uma boa educação. Além da escola, a mais velha faz inglês e ambas estudam música: Clara toca violão e vem demonstrando um talento precoce para o canto, e Helena escolheu um instrumento pouco comum para uma menina de 7 anos: violino.

Os quatro têm participação ativa na igreja do bairro, a Comunidade São José de Anchieta, onde Léa e o marido trabalham na pastoral da família, organizando encontros de casais e outros eventos para fortalecer os laços familiares, e Clara e Helena costumam atuar como coroinhas, em domingos que revitalizam as energias da família.